segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Sem palavras...

Um dos mistérios insondáveis da vida é o tempo... Penso que seja difícil acreditar que ele tenha um comprimento regular, como o medem cretinamente nossos relógios e calendários. Mediocridade humana essa, de querer a tudo conformar e definir... Segundos que se passem longe de quem se ama possuem a dor de eternidades, mas ainda assim são, humanamente, segundos. Eis a prova maior de nossa medíocridade: mesmo nossa linguaguem é em si insuficiente para dizermos tudo o que pensamos e sentimos...

Sem palavras...

Que passem as nuvens no céu,
Que o próprio céu passe,
Que passem as horas,
Infinitas,
Eternidades a se sucederem...
Ainda que tudo isso passe,
Não deixará jamais de existir o amor que sinto por você...
Ele existia antes que eu existisse,
Existiria mesmo que nada mais existisse,
Pois independe do tempo e do espaço,
Por ser,
Tão somente,
Amor...

Engendra este amor ao seu próprio universo,
Possui ele suas próprias leis que o regem,
E constrói sua própria história a despeito do mundo...
Sim,
Este é o amor que é só teu,
E é pleno em si mesmo,
De nada dependendo que não de ti,
Do teu sorriso,
E da tua presença dentro de mim...

Cumpre este amor a sua própria sina,
De ser presente e passado ainda que no futuro infinito,
De ser todas as coisas sendo mais que tudo que exista,
E dar sentido até mesmo aos sonhos...

Este amor que é luz e se alimenta do teu sorriso,
Que empresta tintas de tua cor morena,
E que se faz,
Sempre,
A certeza com a qual faço renascer meus dias...

Não pode ser expresso em palavras,
Tudo o que digo,
Não importa o que pareça,
É pequeno,
Ínfimo,
E insuficiente para mostrar sua verdadeira matiz...

É amor,
Assim indefinível,
Insondável,
Mas teu,
Somente teu,
Por sempre...


O que vale neste ínterim é dizer que a saudade é grande, apesar de não haver sequer 24 horas que não nos vemos. O tempo demora tanto a passar, morena...

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